segunda-feira, 11 de abril de 2022

Evangelho do dia 10 de abril de 2022

Lucas 23, 1-49

Naquele tempo, 1 toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2 Começaram então a acusá-lo, dizendo:
“Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei”.
3 Pilatos o interrogou: “Tu és o rei dos judeus?
Jesus respondeu, declarando: “Tu o dizes!”
4 Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão: “Não encontro neste homem nenhum crime”.
5 Eles, porém, insistiam:
“Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui”.
 6 Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:
“Este homem é galileu?”
7 Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. 8 Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9 Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu.
10 Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência. 11 Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12 Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos.
13 Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
14 “Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; 15 nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. 16 Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
17 Toda a multidão começou a gritar: “Fora com ele! Solta-nos Barrabás!”
18 Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio. 19 Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. 20 Mas eles gritaram:
21 “Crucifica-o! Crucifica-o!” E Pilatos falou pela terceira vez:
22 “Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
23 Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24 Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. 25 Soltou o homem que eles queriam — aquele que fora preso por revolta e homicídio — e entregou Jesus à vontade deles.
26 Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27 Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. 28 Jesus, porém, voltou-se e disse:
“Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! 29 Porque dias virão em que se dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram’. 30 Então começarão a pedir às montanhas: ‘Cai sobre nós! e às colinas: ‘Escondei-nos!’ 31 Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?”
32 Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus. 33 Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. 34 Jesus dizia:
“Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”
Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. 35 O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:
“A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
36 Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, 37 e diziam:
“Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
38 Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus”.
39 Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:
“Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
40 Mas o outro o repreendeu, dizendo:
“Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41 Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”.
42 E acrescentou:  “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.
43 Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
44 Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde, 45 pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio, 46 e Jesus deu um forte grito:
“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Dizendo isso, expirou. (Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
47 O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo:
“De fato! Este homem era justo!”
48 E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. 49 Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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